MOCIDADE
Ah! esta mocidade! - Quem é moço
Sente vibrar a febre enlouquecida
Das ilusões, da crença mais florida
Na muscular artéria de Colosso...
Das incertezas nunca mede o poço...
Asas abertas - na amplidão da vida,
Páramo a dentro - de cabeça erguida,
Vê do futuro o mais alegre esboço...
Chega a velhice, a neve das idades
E quem foi moço, volve, com saudades,
Do azul passado, o fulgido compêndio...
Ai! esta mocidade palpitante,
Lembra um inseto de ouro, rutilante,
Em derredor das chamas de um incêndio!
Cruz e Sousa, Poesia Completa, org. de Zahidé Muzart. Fundação Catarinense de Cultura/ Fundação Banco do Brasil, 1993.
terça-feira, 25 de agosto de 2009
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